Por: Equipe SimulArroz
Trigo em perfilhamento está sentindo a baixa umidade do solo: a senescência (secamento) de algumas folhas é sinal que a planta está com deficiência hídrica.
A chuva foi escassa no mês de julho no Rio Grande do Sul e a principal cultura de inverno do RS, o trigo, está sentindo a falta de chuva. O inicio da semeadura do trigo no RS foi atrasado em função da chuva excessiva em maio. Agora o cenário de baixa umidade no solo afetou o stand de plantas nas semeaduras realizadas em julho e está causando estresse hídrico nas plantas que estão em pleno perfilhamento, momento em que está sendo definido o componente de rendimento número de espigas por unidade de área. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, em sua edição No. 1460 do dia 27/07/2017, “De maneira geral o desenvolvimento vegetativo foi favorecido pelos dias de sol forte e frio intenso ocorridos na semana anterior. Porém, esta fase do desenvolvimento se encontra aquém do ideal para a época, em função da baixa umidade no solo na maioria das regiões.”
A canola, no município gaúcho de Tupanciretã, é outra cultura que está sofrendo com a falta de umidade no solo neste inverno.
O cenário anda preocupando triticultores, consultores e extensionistas, e a equipe SimulArroz conferiu de perto esta situação hoje, domingo, depois de três dias em visita técnica no Paraná e em Santa Catarina. Nas lavouras que a equipe presenciou no Planalto gaúcho esta tarde, um dos sintomas mais evidentes de que as plantas de trigo estão sentindo a baixa quantidade de água no solo é a senescência (secamento) de folhas, o que reduz o índice de área foliar verde, reduzindo assim a capacidade fotossintética do dossel, podendo comprometer a produtividade de grãos. A eficiência da adubação nitrogenada em cobertura também fica mais baixa quando falta umidade no solo. O cenário também foi confirmado pelo Assistente Técnico em Agrometorologia e integrante da equipe SimulArroz Thiago Schmitz Marques da Rocha esta semana quando passou pela região tritícola do RS. “Em são Luiz Gonzaga não choveu nada em julho e para o lado de Tupã choveu no máximo 10mm” comentou Thiago. Quando passou em Ibirubá neste domingo, a equipe SimulArroz presenciou uma lavoura de trigo sendo irrigada por pivô, mas a irrigação ainda é pouco utilizada na cultura do trigo no RS
Outra cultura que vêm apresentando sintomas de deficiência hídrica é a canola. No município de Tupanciretã os agricultores estão preocupados com o abortamento de flores causado pela deficiência hídrica no solo somado aos danos de geada na cultura que encontra-se na fase reprodutiva. Continuaremos acompanhando a situação da chuva no RS e os impactos nas culturas de inverno.
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