Por: Equipe Simanihot
Ramas de mandioca armazenadas de forma apropriada durante o inverno garantem material propagativo para a próxima safra. Foto: Marcio Mueller.
Este inverno tem sido caraterizado pela sucessão de ondas de calor e frio no Rio Grande do Sul. A última onda de frio foi intensa, com temperaturas negativas nas madrugadas de 16 a 18/07/2017. Com as ondas de calor em pleno inverno, as ramas de mandioca iniciaram a brotação das gemas. Como alguns produtores achavam que este ano não haveria mais eventos de geada, não se preparam guardando as ramas em local protegido e acabaram tendo prejuízos grandes, podendo inclusive comprometer a disponibilidade de ramas para o plantio na próxima safra (2017/2018). É o que constatou um dos maiores produtores de mandioca do Rio Grande do Sul, Marcio Mueller, de Vera Cruz, região Central do estado, colaborador e integrante da equipe Simanihot. “Por aqui alguns produtores acreditavam que não iria gear e acabaram deixando as ramas de mandioca na lavoura” apontou Marcio. “Acerca de 45 dias atrás não geou aqui pelo fato da localidade de Entre Rios estar cercada pelas enchentes e alguns produtores pensam que quando as ramas brotam no campo não vem mais geada; a brotação ocorreu devido ao calor fora de época” explica. “Percebe-se que as ramas já estavam brotando na lavoura antes desta geada e estas ramas que permaneceram na lavoura já brotadas não poderão ser utilizadas”, conclui Marcio. Em função desta situação, é importante que os produtores avaliem a qualidade das ramas para ter uma quantidade suficiente para o próximo plantio.
