Por: Equipe SimulArroz

Reunião aconteceu no gabinete do reitor, no campus em Camobi.
A reunião na tarde de terça-feira, 20 de novembro, entre o Reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Chefe Geral e pesquisadores da Embrapa Clima Temperado, Pró-Reitores de Pós-graduação e Pesquisa e de Extensão da UFSM e integrantes da Equipe SimulArroz simbolizou um marco na história da Orizicultura Digital Gaúcha. A comitiva vinda de Pelotas tinha o objetivo de formalizar uma parceria entre as instituições para o desenvolvimento conjunto de um aplicativo voltado à produção de arroz.
A iniciativa visa unificar o modelo SimulArroz, da UFSM, com o modelo GD Arroz, da Embrapa. A previsão é de que a nova ferramenta seja apresentada aos produtores rurais durante a Expointer de 2019.
O coordenador de desenvolvimento e manutenção científica do modelo SimulArroz, professor Nereu Augusto Streck, explica que a ferramenta resultante da unificação dos modelos deverá permitir ao produtor um melhor planejamento da lavoura de arroz. O SimulArroz é um software baseado em um modelo matemático dinâmico que simula diversos processos ecofisiológicos da cultura do arroz. Já o GD Arroz baseia-se no cálculo de graus-dia para estimar a data de ocorrência dos principais estágios de desenvolvimento da planta de arroz, visando otimizar as práticas de manejo a serem executadas na lavoura.
A atuação conjunta em pesquisas anteriores foi um dos motivos que levou a Embrapa Clima Temperado a buscar o estreitamento das relações com a Universidade, segundo o chefe-geral da instituição, o agrônomo e egresso da UFSM Clenio Nalito Pillon. “Estamos buscando a complementaridade entre as competência, as estruturas e os recursos que temos na Universidade e na Embrapa. Nosso objetivo é construirmos uma grande plataforma de cooperação entre as instituições visando oferecer uma série de serviços inteligentes voltados para eficientização do sistema de produção na cadeia produtiva do arroz”, afirma Pillon.

Estiveram presentes pesquisadores e chefe geral da Embrapa, Reitor da UFSM, Paulo Burmann e coordenadores do SimulArroz.
Para Streck, a aproximação entre UFSM e Embrapa é um marco histórico para o agronegócio do Rio Grande do Sul, especialmente para o setor orizícola gaúcho, responsável pela produção de cerca de 70% do arroz consumido em todo o país. “Nós estamos fazendo essa articulação para entregar para a sociedade, para o produtor e para o extensionista um produto que tem validação científica e, principalmente, validação prática realizada durante vários anos por instituições parceiras da UFSM dentro do sistema SimulArroz como o Instituto Rio Grandense do Arroz (Iiga), a Unipampa-Itaqui e a Universidade Federal de Pelotas”, afirma Streck. “Juntar a Equipe SimulArroz com a gigante Embrapa é escrever a história na pesquisa com aplicação prática visando o lucro do produtor” conclui.
O reitor da UFSM, professor Paulo Afonso Burmann, que recebeu as equipes da Embrapa e do SimulArroz na tarde desta terça-feira, considera que a parceria entre as instituições representa uma racionalização de esforços no sentido de contribuir com a melhoria da produtividade do setor agrícola gaúcho. “Estamos desenhando uma nova parceria com a Embrapa, compartilhando nossas habilidades e competências. Além disso, estamos fortalecendo a relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, colocando, de fato, o conhecimento produzido à serviço dos produtores”, comemorou o reitor.
Burmann destacou a importância da construção de um termo de cooperação mais abrangente entre a Universidade e a Embrapa, visando o desenvolvimento de outros projetos, com maior inserção de estudantes de graduação e pós-graduação. O reitor também defendeu a articulação entre as instituições para a busca de apoio junto a órgãos de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), visando a abertura de um linha de financiamento específico para projetos voltados ao setor produtivo do arroz.

Lançamento do app deve acontecer na próxima Expointer, em 2019.
O integrante da Equipe SimulArroz e extensionista da Emater/RS-Ascar que conduz pesquisas sobre o cultivo de arroz que vão gerar dados ao aplicativo, Michel da Rocha, destaca que a agricultura está em uma nova Era, a “4.0 (digital)”. Ainda sobre o desenvolvimento do software, Rocha reforça que “precisamos retratar o que acontece no campo. Esse aplicativo será uma ferramenta validada cientificamente e que consiga refletir uma informação de qualidade ao produtor auxiliando no manejo e elevando sua produtividade”, ressalta.
O pesquisador da Embrapa Clima Temperado Silvio Steinmetz, que coordena o modelo GD Arroz na Embrapa destaca a parceria em mais uma a ação conjunta com a Equipe SimulArroz. “Acabamos de entregar para a sociedade orizicola gaúcha a reformulação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para o Arroz Irrigado no RS onde pela primeira vez na história usamos um modelo baseado em processos, o SimulArroz. Agora vamos seguir nessa parceria e juntar o GD com o SimulArroz”. Será um grande avanço para auxiliar o produtor de arroz a melhorar ainda mais o manejo da sua lavoura, conclui Steinmetz.