Monitoramento de Brusone para ajudar a aumentar o lucro do orizicultor gaúcho


Por: Equipe SimulArroz

Coletor de esporos para monitorar brusone em lavoura de arroz instalado pela Equipe SimulArroz em Rio Grande

A Agricultura de PROCESSOS e a AGRICULTURA 4.0 estão chegando para ajudar orizicultor gaúcho no monitoramento e manejo de brusone visando aumentar seu lucro.

Um grande esforço vai reunir o estado-da-arte do conhecimento científico e tecnológico em prol da melhoria do manejo da principal doença do arroz no RS, a brusone. A pesquisa da Equipe SimulArroz iniciou esta safra em lavouras de arroz no RS e é 100% financiada com recursos públicos da FAPERGS (principal órgão de fomento da pesquisa no Rio Grande do Sul) e da CAPES (órgão de fomento da pesquisa no Ministério da Educação). Na sexta feira, 7 de dezembro, a Equipe SimulArroz instalou o terceiro coletor de esporos no RS. Foi na Sementeira Frederico Costa, em Rio Grande, Zona Sul do estado. Os coletores serão utilizados para entender a interação entre a Pyricularia (fungo que causa a brusone) e o ambiente, para direcionar o manejo do produtor e também para inclusão de um submodelo de brusone no modelo SimulArroz.

Equipe SimulArroz e o capataz Vagner que instalaram o coletor de esporos na Sementeira Frederico Costa, em Rio Grande

Já foram instalados coletores de esporos da doença em Capivari do Sul (na Planicie Costeira Externa) e em Itaqui (na Fronteira Oeste). O quarto local que vai receber o coletor nos próximos dias é Agudo, na região Central do RS. Assim os quatro coletores de esporos estarão espalhados pelo RS durante a safra 2018/19 de modo a cobrir a totalidade de faixa de variação de clima na região arrozeira gaúcha.

Através desse projeto de pesquisa será também desenvolvido um aplicativo que auxiliará o produtor de arroz na tomada de decisão sobre o manejo fitossanitário da brusone, explica o pesquisador do SimulArroz e extensionista da Emater/RS-Ascar Michel Rocha da Silva, que coordena os experimentos em rede com os coletores de esporos nas lavouras orizícolas gaúchas. Segundo o professor Nereu Augusto Streck, que coordena ações de pesquisa e extensão com agricultura digital na Equipe SimulArroz, o esforço público neste projeto de pesquisa vai ganhar o reforço da gigante Embrapa, pois com a união do modelo GD Arroz da Embrapa com o modelo SimulArroz em uma plataforma digital inteligente dentro da Embrapa, o orizicultor gaúcho terá em breve uma ferramenta que vai otimizar o manejo da principal doença do arroz para aumentar seu lucro.

Além da UFSM, Unipampa-Itaqui, UFPel e Embrapa, o projeto tem o apoio dos extensionistas do Irga, a quem a Equipe SimulArroz agradece pela parceria.