Iniciaram os trabalhos com o SimulArroz em Tocantins


Por: Equipe SimulArroz

O SimulArroz está começando a ser usado para se entender melhor o potencial de rendimento de arroz em Tocantins. Menor radiação solar diária durante o cultivo é uma diferença marcante em relação ao Rio Grande do Sul.

A Equipe SimulArroz Tocantins começou a utilizar o modelo SimulArroz, como parte dos primeiros esforços para utilização dessa ferramenta visando contribuir no aprimoramento do manejo da cultura do arroz no Tocantins. O professor Fernando Machado Haesbaert, do curso de Agronomia da UFT/Gurupi vê com bons olhos as potencialidades do uso do modelo SimulArroz para as condições edafoclimaticas de várzeas tropicais. “A ideia do trabalho inicial é determinar o potencial de rendimento em função da época de semeadura e ciclo da cultivar aqui no Tocantins”, relatou o professor Fernando. “Outro trabalho que estamos organizando é testar o modelo em algumas lavouras de produtores”, complementou. Quanto ao uso do modelo, o professor Fernando não teve dificuldade: “Muito fácil, interface muito amigável”, concluiu.

As primeiras rodadas com o SimulArroz em ambiente tropical do Tocantins já revelaram algumas novidades em relação ao que estávamos acostumados a encontrar ao rodar o modelo no Rio Grande do Sul. Por exemplo, a radiação solar diária ao longo da estação de cultivo em Tocantins atingiu níveis máximos em torno de 25 MJ/m2/dia, em torno de 30% menos do que temos em dias límpidos durante o verão na Fronteira Oeste (chega a 35 MJ/m2/dia). A integrante da equipe SimulArroz Região Central Giovana Ghisleni Ribas, que vem trabalhando na calibração e teste do modelo a quatro anos, ficou surpresa com a menor radiação durante a estação de cultivo em Tocantins. “Impressionante com a radiação solar é menor que na Fronteira Oeste do RS”, comentou. Esta menor disponibilidade de energia solar pode indicar menores potenciais de produtividade nos trópicos, pois os dias são mais curtos e portanto tem menos horas de sol comparado aos dias de verão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Mas os estudos estão apenas iniciando e muitas outras variáveis podem afetar a produtividade, tanto positivamente como negativamente.