Por: Equipe SimulArroz

Durante as atividades desta tarde, os participantes receberam informações sobre o projeto de soja que agora está iniciando, compartilhando conhecimento e experiências.
Nesta tarde de sábado (05/08/2017) foi semeado um experimento com a cultura da soja no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria/RS, com o objetivo de caracterizar o desenvolvimento de cultivares de soja com grupos de maturidade relativa variando de 4.8 a 8.0 que serão utilizados para a calibração da fenologia do “Modelo SimulaSoja”, a novidade que a Equipe SimulArroz vai desenvolver daqui para frente. O experimento terá semeaduras em agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro de 2017 e janeiro, fevereiro e março de 2018 em Santa Maria. Além deste experimento em Santa Maria, serão semeados experimentos em São Borja, Itaqui e Uruguaiana com o mesmo objetivo, em locais com características edafoclimáticas distintas. Em todos os experimentos a semeadura será direto na palha, para garantir a ciclagem de nutrientes e a conservação do solo. Este manejo conservacionista do solo é básico para um modelo de agricultura de sistema de produção, preconizado pela Equipe SimulArroz.

Cobertura do solo com aveia branca na área experimental da soja na UFSM garante ciclagem de nutrientes e conservação do solo.
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A Equipe SimulArroz conduz experimentos com a cultura da soja desde 2010 em diferentes locais, de Santa Vitória do Palmar (Sul) a Água Santa (Norte) e de Cachoeirinha (Leste) a Itaqui (Oeste) do RS. O objetivo desses experimentos é formar um robusto banco de dados. A partir de agora, experimentos pontuais serão planejados para iniciar a construção de um modelo matemático dinâmico baseado em processos que permitirá a simulação do crescimento, desenvolvimento e produtividade de soja no Rio Grande do Sul.
Entre as motivações da Equipe SimulArroz para o desenvolvimento de um modelo de simulação da cultura da soja estão a falta de modelos operacionais e que levam em conta o manejo realizado pelos produtores gaúchos, a falta de modelos desenvolvidos por instituições públicas comprometidas com a sustentabilidade e a visão de sistema da agricultura, e a falta de acesso e transparência no uso dos modelos. A equipe que estará envolvida no desenvolvimento do SimulaSoja seguirá as bases metodológicas de trabalho e de ciência em parceria com outras instituições públicas que garantiram o sucesso do modelo SimulArroz e contará com a experiência de mais de uma década de grupos de pesquisa em modelagem agrícola que deram suporte ao SimulArroz.